Quando penso nos principais motivos de conflitos entre proprietários, inquilinos e administradoras, sempre me vem à cabeça a ausência de uma vistoria inicial bem feita. Ao longo dos anos, percebi que um bom relatório ao receber um imóvel alugado previne dores de cabeça de ambos os lados e traz segurança jurídica às relações. O Brasil tem mais de 16 milhões de residências alugadas, segundo o Censo Demográfico 2022 do IBGE, o que mostra o quanto é necessário que locadores, locatários e gestores atentos valorizem o procedimento da vistoria inicial e saibam como realizá-lo corretamente.
O que significa fazer vistoria inicial
Eu gosto de pensar que, ao assumir a responsabilidade de uma propriedade, existe uma fotografia do estado do imóvel como ponto de partida. Essa fotografia é a vistoria de entrada, o documento que descreve minuciosamente, com fotos e texto, como está cada ambiente, equipamento e acabamento do imóvel no momento em que ele é entregue ao novo morador, ou, no caso de um imóvel comercial, ao novo usuário. E por que isso é tão importante?
Fazer esse levantamento detalhado garante que qualquer alteração, desgaste ou problema que surgir ao longo da locação possa ser conferido e comparado com o laudo inicial. Evita surpresas no momento da devolução e protege o direito de todas as partes envolvidas. Já vi casos em que a ausência desse documento resultou em anos de disputas judiciais e até prejuízos consideráveis tanto para locador quanto para inquilino. Uma vistoria bem elaborada elimina dúvidas e, em muitos casos, até aproxima as partes por gerar mais transparência e confiança.
Por que a vistoria de entrada é fundamental para locação?
Recentemente, enquanto ajudava um amigo a alugar seu imóvel, percebi como muitos ainda subestimam a importância das informações iniciais no processo de locação. No fim das contas, a vistoria é a principal prova de como estava o imóvel antes do uso do locatário. Sem esse registro, todas as partes ficam vulneráveis.
Proprietários podem ser responsabilizados por danos antigos, e inquilinos podem ser cobrados injustamente por problemas que já existiam. Operadoras de gestão, por outro lado, enfrentam sérios riscos se não padronizarem o processo e mantiverem um arquivo confiável das inspeções, principalmente diante de auditorias ou processos judiciais.
Inspeção bem feita significa menos conflito na devolução do imóvel.
O laudo detalhado, com fotografias e descrições, é documento essencial para garantir tranquilidade jurídica.
O que diz a legislação sobre esse processo?
Uma dúvida frequente que escuto em meus atendimentos: "A lei exige a vistoria?" Na verdade, a Lei do Inquilinato (Lei 8.245/91) não obriga a realização da vistoria, mas considera que o locatário pode exigir uma descrição detalhada do estado da propriedade ao receber as chaves. Se isso for solicitado, deve ser entregue com indicação de defeitos existentes, e serve para resguardar direitos e evitar discussões futuras, conforme detalhado pelo Estadão Imóveis.
Quem deve participar e quando realizar a vistoria?
No que diz respeito à presença dos envolvidos, percebo que a participação tanto do locador quanto do locatário (ou seus representantes) é a melhor escolha. Assim, possíveis dúvidas podem ser tiradas na hora, e todos podem apontar detalhes que talvez passariam despercebidos por apenas uma das partes. Quando trabalho com administradoras, sempre recomendo que mantenham um padrão e convidem ambas as partes a comparecerem no imóvel, logo antes da entrega das chaves.
O momento certo? Antes de qualquer ocupação do imóvel pelo novo morador. Nada de deixar móveis ou caixas no local antes do registro. A vistoria precisa acontecer com o imóvel vazio, para análise de cada canto, armário, tomada e janela. Uma vez entregue o relatório e assinada sua aprovação pelas partes, as chaves podem ser entregues e o contrato finalmente iniciado. Nisso, a Piloto Imóveis se destaca por permitir registro 100% digital no sistema, de maneira simples, rápida e segura.
Quais itens não podem ficar de fora?
Montar um checklist me ajudou muito ao longo do tempo. Deixo aqui o roteiro que costumo seguir e sugerir para quem deseja evitar esquecimentos:
- Paredes e pintura: manchas, furos, rachaduras, bolor e estado geral da tinta.
- Pisos e revestimentos: verifique cerâmicas, pisos laminados, tacos, carpetes e observe trincas, lascas e infiltrações.
- Portas e fechaduras: observe funcionamento de trincos e chaves, desgaste e alinhamento.
- Janelas e vidros: abertura, trincos, condições dos vidros, acionamento de persianas ou grades.
- Instalações elétricas: tomadas, interruptores, funcionamento de luminárias, quadro de distribuição sem sobrecarga, presença de defeitos ou fios expostos.
- Instalação hidráulica: torneiras, válvulas, caixas de descarga, registros, aquecedores e ausência de vazamentos ou infiltrações.
- Móveis embutidos e armários: conservação, portas, prateleiras, corrediças e dobradiças.
- Equipamentos e eletrodomésticos: se forem parte do imóvel, devem ter seu funcionamento e estado registrados.
- Conservação geral: sinais de cupim, umidade, presença de infiltrações, estado de limpeza e qualquer característica relevante.
Quanto mais detalhada a lista, menor a chance de dúvidas ao fim do contrato. Já presenciei disputas por pequenos detalhes, como um degrau lascado ou um espelho com manchas, por pura falta de registro inicial.

Como registrar tudo em um laudo completo?
O segredo de uma vistoria está na clareza e na documentação. Sempre recomendo um relatório bem estruturado, com fotos de todos ambientes, indicação do local exato e descrição textual. Por exemplo: “Parede lateral esquerda do quarto com pequeno furo de prego, pintura em bom estado, sem manchas”.
É indispensável salvar tudo em formato digital. O papel já ficou para trás. Softwares de gestão imobiliária como o Piloto Imóveis permitem criar laudos com anexos de fotos, registro por ambiente, por data e até assinatura eletrônica das partes. Já observei que outras plataformas tentam solucionar a questão, mas ainda exigem e-mails, troca de documentos físicos ou perdem na integração e automação. Com a Piloto, tudo vai diretamente para o portal do inquilino e proprietário, com rastreabilidade total.
Fotos: obrigatórias ou dispensáveis?
Para mim, fotos são indispensáveis. Nada substitui o registro visual para afastar dúvidas e eventuais denúncias infundadas. Use o celular ou câmera, preferindo ambientes iluminados, e registre o máximo possível de detalhes, até mesmo os pontos que parecem sem relevância. Fotografe tomadas, problemas em portas, detalhes nos pisos, maçanetas, equipamentos e até números de série de aparelhos. As imagens devem ser anexadas ao laudo e assinadas digitalmente, algo que a integração da Piloto Imóveis oferece sem burocracia.
Checklist: como não esquecer nada?
Recomendo sempre o uso de um checklist impresso ou digital. Plataformas modernas já entregam o modelo pronto, editável e personalizável. No começo, eu usava papel; hoje, não abro mão do digital. Isso me ajuda a não deixar passar nenhum ambiente, detalhe elétrico, hidráulico ou acessório. O checklist agiliza o processo e garante que todas as informações sejam padronizadas, inclusive para futuras comparações na vistoria de saída. Muitas administradoras, principalmente as que utilizam soluções antigas, não contam com recursos integrados e tornam o processo cansativo, abrindo espaço para falhas humanas.
Requisitos legais, leis e normas envolvidas
Voltando à legislação, a Lei 8.245/91 prevê que o imóvel seja entregue em condições de uso e conservação, e mantém o locador responsável pela estrutura e equipamentos. A ausência de um laudo pode criar brechas para contestação de cobrança por danos ou reparos. Afinal, a vistoria de entrada não é obrigatória, mas sua ausência pode agravar disputas. O CRECI-SC reforça em seus materiais que, em um país com mais de 22% de imóveis locados, o mínimo descuido pode impactar o caixa e a relação com clientes, sendo recomendada adoção de rotinas padronizadas e checagens claras (CRECI-SC).
Há, ainda, exigências de segurança e saúde pública. Já li sobre casos em que os órgãos públicos precisaram adentrar imóveis fechados para evitar riscos, como na fiscalização do Aedes aegypti no Ceará (Governo do Ceará). Dá para ver que a vistoria nos protege não só financeiramente, mas também é parte do nosso dever como moradores de uma comunidade. Enquanto a administração do Maranhão reforça que inspeções em condomínios evitam acidentes e incêndios (Governo do Maranhão), a Prefeitura de Manaus mostra como inspeção de imóveis pode até preservar patrimônio histórico (Prefeitura de Manaus).
Automatizando o processo com plataformas digitais
Confesso que antes de conhecer sistemas como o Piloto Imóveis, eu fazia tudo manualmente: relatórios em papel, fotos em CDs e planilhas intermináveis. O tempo gasto era enorme. Hoje, plataformas digitais permitem criar laudos rápidos, anexar fotos em tempo real, compartilhar com as partes e colher assinaturas eletrônicas com validade jurídica.
Sei que há outras plataformas no país, mas muitas são engessadas, feitas para grandes imobiliárias ou exigem treinamentos longos. A Piloto Imóveis, sendo uma plataforma SaaS brasileira, nasceu a partir do olhar real de quem cuidava de imóveis no dia a dia. Esse olhar trouxe automações específicas para o contexto de aluguéis no Brasil: emissão digital do laudo, disparo automático para todos os envolvidos, acesso no portal, assinatura eletrônica e possibilidade de revisar a qualquer tempo do contrato. A integração com anúncios em canais e o controle dentro do mesmo sistema elimina perdas de informações ou conflitos de comunicação, o que raramente percebo nas soluções concorrentes.

Outros diferenciais, como cálculo automático de reajustes, envio de notificações por canais digitais e suporte humanizado, me fazem recomendar a Piloto Imóveis para quem busca redução do tempo gasto e menos dor de cabeça em toda a gestão. E, claro, a automação não elimina o olhar crítico de quem realiza a inspeção, mas permite que o foco seja nos detalhes do imóvel, não em tarefas repetitivas.
Para quem está começando a administrar imóveis ou quer saber mais sobre automatizar contratos de aluguel, controle de comissão e repasses, sugiro acompanhar também o guia de controle de aluguel e automação e o guia completo para administração de imóveis no blog.
Garantindo direitos e evitando conflitos
Quando penso em todas as situações que já presenciei, uma coisa fica clara: quando cada etapa do processo é documentada e compartilhada, o risco de litígio e prejuízo quase some. O locador sente confiança no que foi entregue, o locatário sabe o que vai devolver e a administradora reforça sua credibilidade. Plataformas digitais, como a Piloto Imóveis, repensam a experiência de ponta a ponta. E não é só o relatório inicial: a conexão direta com o envio do contrato de aluguel assinado digitalmente, notificações automáticas e controle dos repasses via Pix fecham o ciclo com segurança e agilidade, como mostro no guia sobre contratos de aluguel.
Uma vistoria confiável, completa e atualizada é o maior aliado de quem quer relações harmônicas em aluguel de imóveis. Por isso, defendo o uso combinado de boas práticas, checklist completo, muitos registros fotográficos e a tecnologia a favor da transparência. E, claro, contar com soluções que unem agilidade, centralização de informações e suporte, para que locadores, inquilinos e administradoras foquem na experiência e não em problemas operacionais.
Para aprofundar ainda mais sobre boas práticas em inspeção, retorno de imóveis e prevenção de conflitos, leia também meu guia completo sobre vistoria de entrada e saída.
Conclusão: segurança para todos ao alugar um imóvel
Ao longo de anos no setor imobiliário, vi muitos cenários que poderiam ser resumidos em: "faria diferente se tivesse uma vistoria bem feita". Adotar essa rotina cria vantagem para todos, seja para proteger o patrimônio, prevenir cobranças indevidas, evitar litígios ou assegurar transparência nas relações. O futuro da administração eficiente está em juntar a seriedade no olhar técnico com a facilidade da tecnologia. E a Piloto Imóveis é hoje a escolha mais completa e flexível, pronta para o proprietário com poucos imóveis ou para administradoras com centenas de unidades. Acesse o site, conheça os planos e descubra como a automação pode tornar a gestão de imóveis mais leve, segura e tranquila.
Perguntas frequentes sobre vistoria de entrada em imóveis
O que é vistoria de entrada em imóveis?
É a inspeção realizada antes do início da locação, onde se registra detalhadamente o estado de conservação, funcionamento e aparência de todos os ambientes, instalações e equipamentos do imóvel. Ajuda a proteger todas as partes envolvidas, oferecendo base documental para eventuais questionamentos e comparação com a vistoria de saída.
Como fazer uma vistoria de entrada correta?
A vistoria correta exige a inspeção minuciosa de cada cômodo, uso de checklist abrangente e muita atenção a detalhes como portas, paredes, elétrica, hidráulica, mobiliário e conservação geral. O ideal é registrar tudo com fotos e justificativas escritas, contando com assinatura das partes e armazenamento digital para prova futura.
Quem deve estar presente na vistoria inicial?
O mais recomendado é que locador e locatário (ou seus representantes) participem juntos. Assim, dúvidas podem ser esclarecidas no ato e todos concordam com o registro feito. Presença conjunta dificulta discordâncias no futuro.
Quais itens verificar na vistoria de entrada?
Na inspeção, inclua pisos, paredes, pintura, portas, janelas, móveis, quadro elétrico, torneiras, válvulas, registros, equipamentos e pontos de conservação geral. Cada espaço e equipamento deve ser descrito textualmente e fotografado para registrar o real estado encontrado.
Quando a vistoria de entrada deve ser realizada?
O momento adequado é imediatamente antes da entrega das chaves ao locatário, sempre com o imóvel vazio, limpo e pronto para uso. Só após aprovação e assinatura do laudo a locação deve ter início.
